Daniela Mercury reforça os laços de 40 anos com cancioneiro lapidar de Chico Buarque no inédito show ‘Uma Chica’

Daniela Mercury canta músicas como 'Construção' e 'As caravanas' no show que estreia em Brasília (DF) na sexta-feira, 15 de agosto Célia Santos / Divulgaç...

Daniela Mercury canta músicas como 'Construção' e 'As caravanas' no show que estreia em Brasília (DF) na sexta-feira, 15 de agosto Célia Santos / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Aos 60 anos, festejados em 28 de julho, Daniela Mercury nasceu em 1965, ano em que Chico Buarque começou a aparecer como compositor. Em meados dos anos 1980, quando Daniela tinha 20 e poucos anos e pôs os pés na profissão de cantora nos bares da cidade natal de Salvador (BA), músicas de Chico entravam ocasionalmente nos roteiros das apresentações da intérprete debutante. Por isso, pode-se dizer que o inédito show Uma Chica – Daniela Mercury interpreta Chico Buarque – com estreia programada para sexta-feira, 15 de agosto, na Caixa Cultural Brasília, em temporada que vai até domingo, 17 de agosto – reforça laço que, há 40 anos, envolve a cantora baiana com o cancioneiro do compositor carioca. De 1992 a 2020, Daniela já gravou 12 músicas de Chico Buarque. A primeira foi o samba Cotidiano (1971), citado de forma incidental ao fim da abordagem de Você não entende nada (Caetano Veloso, 1970) feita para o álbum O canto da cidade (1992), pedra fundamental da obra da cantora associada primordialmente à axé music. As últimas foram a marcha A banda (1966) – trazida pela artista para o circuito carnavalesco de Salvador (BA) em eletrizante gravação bilíngue feita para o álbum Perfume (2020) com o duo italiano I Koko – e o samba Apesar de você (1970), reavivado pela cantora em 2020 em single de tom ativista. Entre essas três músicas, Daniela deu voz a standards do compositor como Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972), Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973), Deus lhe pague (1971), O que será (À flor da pele) (1976), Retrato em branco e preto (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968) e Sem fantasia (1968) em álbuns como Clássica (2005), Canibália (2009) e O axé, a voz e o violão (2016). Sem falar que foi Daniela a idealizadora e diretora do show coletivo Elas cantam Chico (2011), feito pela artista há 14 anos com Elba Ramalho, Margareth Menezes, Paula Lima e Roberta Sá. No show Uma Chica, que seguirá para a Caixa Cultural Salvador em 20 e 21 de setembro depois da estreia em Brasília (DF), Daniela Mercury cantará músicas como Construção (1971), Mar e lua (1980) e As caravanas (2017) com o toque de banda formada por Bruno Aranha (teclados), Gabriel Mercury (violão e contrabaixo), Mou Brasil (guitarra) e Victor Brasil (bateria).